O Orçamento do Amapá vai ser finalmente discutido, em Audiência Pública, segunda-feira na Assembleia Legislativa. A preocupação com a divisão do Orçamento entre os poderes agora é mais preocupante e necessária, sobretudo diante dos acontecimentos desastrosos dos dois últimos governos – Waldez Góes (PDT) e Pedro Paulo (PP) – que, apanhados pela Operação Mãos Limpas da Polícia Federal, ficou bastante evidente de que ambos vão deixar uma dívida para o governador eleito Camilo Capiberibe (PSB) sem precedentes em toda a história do Amapá. E com a participação da população, nesse debate que vai se abrir sobre o Orçamento, fica mais fácil os poderes se renderem ao que realmente cabe a cada um deles, conforme suas necessidades prioritárias.
É necessário lembrar que, na conjuntura atual, pode ficar mais confortável para o governador eleito conquistar avanços nessa sempre muito delicada e discutível seara, e sem precisar sofrer desgastes e incompreensões da população influenciada nocivamente por uma mídia asquerosa de oposição, como aconteceu tempos atrás com o governo de João Alberto Rodrigues Capiberibe.
Perambulando pelo twitter (estou aprendendo ainda a usar essa ferramenta) vi um comentário do ex-governador sobre a questão do Orçamento de que ele fora vítima por ter peitado, na época, os famigerados poderes que queriam mais e mais grana. E por ele ter resistido – para que pudesse fazer o bom governo que fez – foi e até hoje é rotulado de “perseguidor”, “rancoroso” e, às vezes, de “ditador” (logo quem, hein!?), entre outros tantos e injustos impropérios. Coisas da mídia tucuju movida à base de muita grana pública! Uma mídia - diga-se de passagem - nojenta e nociva que bajulou e ajudou o Waldez Góes a fazer uma grande e repetida mentira tornar-se “verdade”, e, sobretudo, enganar a população com aquele discurso de “harmonia entre os poderes”, desbaratada, recentemente, como uma grande farsa pela Polícia Federal com a Operação Mãos Limpas. E o pior é que essa mesma mídia hoje sequer ensaia a reparação, e muito menos pede desculpas ao ex-governador por tantos danos causados a ele e a toda a sua família, nesses quase oito anos de – isso sim! - PERSEGUIÇÃO IMPLACÁVEL (o Camilo fez essa colocação logo em sua primeira entrevista, depois de eleito). Só que o Capi, apesar de toda maré contrária sofrida, é um grande vencedor ao se eleger no último pleito senador da República, a mulher e companheira Janete – igualmente perseguida –, proporcionalmente com a maior votação do país, se reeleger deputada federal e o filho, Camilo Capiberibe, governador do Amapá. Foi o troco da população ao perceber vítima de enganação por todos esses anos.
No twitter, o ex-governador Capiberibe lembra também que, ao entregar o governo em 2002 (com prêmios nacionais e internacionais conquistados), deixou todas as contas pagas e mais um saldo de R$ 78 milhões para a governadora Dalva Figueiredo (PT), que o sucedeu. Agora, estimado argonauta-leitor, compare com o que está se desenhando aí: R$ 1 BILHÃO de dívidas, é o “presente” que o jovem governador eleito, Camilo Capiberibe, deve receber do Papai Noel do governo mentiroso da harmonia, neste Natal. Mas, mesmo assim, estamos todos esperançosos que melhores dias hão de vir, sim, a partir de 1º de janeiro de 2011. Como – já que celebramos nesta quinta-feira (2) o Dia Nacional do Samba - a letra do bom e autêntico samba "Vai Passar", do Chico Buarque e Francis Hime. Cantemos pois...
Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
Levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,
Ó carnaval, ó carnaval...
Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
E os pigmeus do Boulevard
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade até o dia clarear
Ai que vida boa, ô lerê
Ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai que vida boa, ô lerê
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral... vai passar
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