Passei agora pela Assembleia Legislativa e vi uma multidão de gente humilde protestando, tanto dentro como fora do prédio. O protesto é sobre o dinheiro destinado aos projetos sociais, que o governo do Estado suspendeu por causa dos últimos acontecimentos, ou seja, o desvio de verbas públicas detectada pela Polícia Federal, através da Operação Mãos Limpas. E a corda – como no velho ditado popular – arrebenta sempre do lado dos mais fracos. O Estado suspendeu o pagamento porque diz que não tem dinheiro para pagar, mas teve para as três eleições que passaram – a primeira delas que reelegeu o governador Waldez Góes (PDT), o cabeça do “Governo da Harmonia”, ainda no primeiro turno das eleições. Um governo de mentiras que, lamentavelmente, conseguiu imprimir na figura de Capiberibe – que não fazia negociatas com o dinheiro público – uma espécie de "monstro da perseguição e semeador de intrigas do meio do mundo". E essa mentira com o devido respaldo da mídia tucuju do jabaculê.
Toda essa gente humilde que toma a AL nesta manhã ensolarada de dezembro, reclamando o dinheiro da Bolsa Família atrasado há pelo menos três meses, antes de 1994 – ano da tomada do poder através do voto pelo governo socialista - não recebia nada disso, pois foi o Capi o idealizador do projeto social que o governo Lula copiou depois, e, a partir de 2003, adotou para todo o Brasil. E de 1994 a 2002, essas mesmas famílias que reclamam as suas bolsas agora, em nenhummomento deixaram de receber seus provimentos - e pouca gente hoje lembra disso ou pelo menos comenta. Por quê? Ora, porque o Capi fez um governo para o povo e não para alguns desses empresários famigerados por grana ou parentes - como este governo que está passando - que ajudaram a saquear o Estado com a tal harmonia.
Ver o que vi agora há pouco na Assembléia Legislativa, me lembra uma canção do compositor Chico Buarque de Holanda, em parceria com Tom Jobim, que fala em “dezembro insano” - o mês da celebração do nascimento do menino-Deus que veio para semear a harmonia entre todos. A harmonia da paz verdadeira, não essa harmonia bandida da patifaria.
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