terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A AUDIÊNCIA PÚBLICA DO ORÇAMENTO

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Estive na manhã de ontem, na Assembleia Legislativa, acompanhando a audiência pública sobre o orçamento do estado. Os representantes dos poderes que subiram à tribuna e que nunca prestaram contas de seus orçamentos através da Lei da Transparência - ou para ser mais preciso, através da Lei Capiberibe - não falaram nada de redução da grana que vai para esses poderes, muito pelo contrário até. Discussão difícil, hein?! O deputado Edinho Duarte - líder do atual governo na AL e reeleito para mais quatro anos -, em defesa daquela casa que não presta contas, se ofendeu com um representante da sociedade civil que acusou a AL de torrar muito dinheiro público, e, além do mais, tentando envolver, sorrateiramente, o nome do governador eleito, como se ele - logo o Camilo - compactuasse com essa falta de pouca vergonha da AL. Mas recebeu a resposta do Dorinaldo Malafaia, que disse o que eu gostaria de dizer também.
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O deputado estadual e governador eleito Camilo Capiberibe (PSB), presente na audiência, fez o relato das condições adversas do estado que vai receber a partir de 1º de janeiro de 2011. Segundo relato do secretário de planejamento do governo Pedro Paulo, quando este assumiu, a dívida (em abril) era de de 1 bilhão de reais - esta declaração está inclusive no twitter do Camilo. Ou seja, o governador eleito, depois de anunciar que vai colocar tudo na internet do que realmente vai receber (não dá pra segurar: herança maldita!) - no Portal da Transparência, coisa que os representantes dos outros poderes, na audiência não fizeram, a menor menção -, admitiu que o ano de 2011 será de grandes dificuldades para todo o estado. E isso na presença do senador eleito Randolfe Rodrigues, que, segundo os tatibitates, vai fazer oposição ao novo governo socialista. Randolfe Rodrigues também foi à tribuna, fazendo um discurso bem ao contrário do que falam de suas "más intenções prometidas a Sarney". Fiquei - mesmo cabreiro com os tatibitates - bem mais tranquilo com o que ouvi ali do senador socialista eleito. Parece-me que teremos, sim, mais um senador, a partir do ano que vem, aliado do estado.
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Foi o começo de uma discussão que, ainda que gere muita polêmica, os poderes vão ter que se afinar harmônica e verdadeiramente - bem diferente dessa orquestra terrivelmente desafinada que está passando (e já vai tarde) - para o desenvolvimento e crescimento do Amapá que estancou nos últimos oito anos, ao contrário do Brasil de Lula da Silva que avançou.
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A audiência púbica sobre o orçamento, evidentemente que não pára por aí - o que vimos foi apenas o começo. Na próxima, como cidadão, quero ter direito também à tribuna.

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