sábado, 9 de outubro de 2010

ARTIGO-MANIFESTO CONTRA A “TRAMA MAQUIAVÉLICA DA TEIA POLÍTICA QUE SE ARMA NO AMAPÁ", E EM DEFESA DA LIBERDADE DE OPINIÃO E DE EXPRESSÃO DO ARTICULISTA RUPSILVA
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Aroldo Pedrosa
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Eu, particularmente, não tenho o que esconder: gosto muito das meninas “cuíras” Márcia Corrêa e Ana Girlene, mas... ai!... ai!... ai!... como no sonoro poema de Cruz e Sousa: suas... Vozes veladas/ Veludosas vozes... – que antes fora da imparcialidade –, agora, infelizmente, descambam a serviço de uma candidatura que é bastante plausível no tom em que elas vêm imprimindo no programa Café com Notícia nos últimos dias. Se elas seguissem o exemplo do jornalista Corrêa Neto, que declarou publicamente o seu voto no candidato da sua preferência - o Camilo Capiberibe (está no site dele) -, não estariam nessa gangorra de especulações e perdendo audiência para o programa do Carlos Lobato, que vai ao ar no mesmo horário e que, surpreendentemente, vem adotando nova postura. Por exemplo, ontem mesmo eu ouvi a declaração do senador Papaléo Paes (PSDB/AP) dizer que vai apoiar o candidato Camilo Capiberibe – e a declaração do voto partiu estimulada por pergunta feita pelo próprio Carlos Lobato (e a resposta do senador poderia ser diferente, como foi a da deputada Francisca Favacho – PMDB/AP). Assim, o programa do Lobato vai ganhando voz e credibilidade porque – não há como contestar isso – começa a se despir dessa prática abominável e tão comum no Amapá do jornalismo tendencioso e velado por uma determinada candidatura, e, a partir daí, recebe, através de quem muda de estação, o reconhecimento da imparcialidade. Quem diria, não?! Sinais de um novo tempo...
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Eu tentei fazer isso – declarar meu voto no Camilo – no programa das meninas, por telefone, e elas não me deixaram, alegando que “não iam transformar o Café com Notícia em palanque”. Entretanto, vêm fazendo isso de forma velada e capciosa achando que o ouvinte não percebe o malabarismo das intenções. Se não percebesse, com toda a audiência que elas alcançaram às vésperas das eleições de 3 de outubro passado, o Camilo não teria tamanha ascendência e quase desbancando do pódio, na abertura das urnas, o campeão nas pesquisas de intenções de votos. Outra coisa que ouvi ontem no programa, e que achei profundamente lamentável, foi a crítica nada democrática da âncora Ana Girlene sobre o artigo - muito bem escrito, diga-se de passagem - do articulista Rupsilva, postado no site do Corrêa Neto e que tomei a liberdade de republicar aqui. Veja bem, quando falo de campanha velada, tomo exatamente como exemplo o que ouvi no programa dito pela Ana Girlene – ela atacou o artigo enfatizando que o autor Rupsilva - entre outras particularidades e afinidades - é tio do candidato Camilo Capiberibe e, sendo assim – vê se pode! – ele não teria nenhum direito ou respaldo moral para as críticas (procedentes) que fez à virada de linha do programa Café com Notícias e ao que também vem escrevendo as irmãs blogueiras Alcinea e Alcilene Cavalcante – ambas da mesma legião pró-Lucas (as irmãs Cavalcante Cajazeiras da Sucupira do Meio do Mundo, como as batizou o argonauta-camarada Impressão Digital). Quer dizer, pelo prisma delas, se são pessoas do mesmo sangue (e eles nem são parentes consanguineos) a palavra de ordem é: CALE-SE! – como naquela canção do Gilberto Gil & Chico Buarque de Holanda proibida pela ditadura militar no festival PHONO73.
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Só pra se ter mais ou menos uma idéia da inclinação política e trama da teia maquiavélica que se arma no Amapá arquitetada por essas irmãs: todo mundo sabe que elas estiveram na campanha passada de 2006 com o Capi e a Cristina Almeida, que concorriam ao Governo e ao Senado, respectivamente, contra as candidaturas de José Sarney e Waldez Góes, e que por inúmeros embates acabaram virando vítimas, sobretudo da artilharia do departamento jurídico do senador maranhense. E aí tem toda aquela novela de que, principalmente, a irmã mais velha fora processada pelo senador por “calúnia” e “difamação” com algo em torno de um milhão de reais, e – dizem – “proibida” pela Justiça Eleitoral de voltar a veicular no blog a charge “Xô, Sarney!”, concebida pelo nosso colega e cartunista de vanguarda Ronaldo Rony. Aliás, o cartunista e mentor intelectual da ideia do “Xô, Sarney!” foi quem menos ganhou fama nessa badalada novela, cujos capítulos auto-promocionais foram todos exaustivamente comentados (e exibidos) em Vale a Pena Ver de Novo dessa inimaginável TV Sucupira Digital da Planície do Meio do Mundo, dita aí pelo Impressão Digital – esse cara não existe! Com a vitória do “Governo da Harmonia” naturalmente orquestrada pelo maestro federal lá das dunas do Maranhão, que derrotou a quilombola Cristina Almeida com a vantagem de apenas 5% dos votos válidos, e também o candidato pedetista Waldez Góes, ganhando do Capi surpreendentemente logo no 1º Turno das Eleições; e ela – Alcinea – assessora de comunicação da campanha, me confundindo propositalmente com outra pessoa, uma vez me atacou gratuita e implacavelmente, sem me dá o menor direito de defesa e – veja só! – por eu ter sido assessor da campanha de Janete Capiberibe para a Prefeitura de Macapá, a qual foi derrotada somente no 2º Turno das Eleições de 2004, e pelo então prefeito do PT, João Henrique Pimentel, que concorria à reeleição. E aí dias, meses, anos se passaram – coisa que eu já escrevi por aqui – e fecha blog e abre blog e ela, a... “extraordinária”, a... “incomparável”, a “imparcial”... a sei lá mais o quê (a legião de blogueiras que a acompanha nessa rasgação virtual de seda é quem diz) chamando a atenção para si e alegando que estava sob censura, quando ela (a censura) nem mais existia, passou a escrever omitindo o nome do senador maranhense em seus artigos, mas o trocando, estranhamente, pelo vocábulo “fofo”. O “fofo” não sei mais o quê... Estranho... muito estranho o tratamento escolhido para identificar (ou reverenciar?) um total desafeto. Agora, depois de muita água com lama da Caesa a descer pelas nossas torneiras e a Operação Mãos Limpas prendendo um bando de gente importante envolvida com corrupção e roubalheira no Amapá, cheia de “gás” ela ressurge escrevendo de novo coisas, às vezes, sem nexo e extremamente contraditórias para tentar justificar alianças altamente comprometedoras do candidato delas neste 2º Turno das Eleições com o que há de pior e mais arcaico por aqui pelo meio do mundo. Elas plantam notícias que ganham ressonâncias no programa de rádio das colegas Ana Girlene e Márcia Corrêa, de que a candidatura do socialista Camilo Capiberibe está atrelada – tente dormir com um barulho desses! - à “quadrilha de excelências” apanhada pela Polícia Federal na Operação Mãos Limpas. Haveria alguém capaz de acreditar numa notícia deslavada como essa? Num “furo de reportagem” mentiroso e nocivo como esse? É querer subestimar demais a capacidade de consciência e compreensão políticas da população que ouve rádio ou tem acesso à comunicação virtual. E o argumento que elas passam a usar agora é de que não há nada de errado com isso, de fazer alianças com A ou B dessa quadrilha toda desmantelada pela PF, assim como não há nada demais – leiam lá nos blogs das irmãs receber o apoio do presidente do Senado Federal, José Sarney. É que o candidato delas é amigo da velha raposa política que o nomeou, pelos Atos Secretos, assessor daquela casa de leis, e, o que é pior, por ele ter permanecido aqui no meio do mundo como um autêntico FANTASMA FEDERAL sem prestar serviços nenhum em Brasília - no decisivo debate da TV Amapá, o Camilo Capiberibe o levou a admitir isso publicamente. Lembra da canção “Metamorfose Ambulante”, do genial Raul Seixas? É a melô das irmãs Cavalcante agora: Eu quero dizer, agora o oposto do que disse antes/ Prefiro ser essa metamorfose ambulante... O inesquecível Raul deve tremer no túmulo nesta hora.
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Essa (in)disposição e ojeriza indisfarçáveis das irmãs Cavalcante com o Camilo não é de hoje, vem desde o tempo em que ele começou a ensaiar os primeiros passos rumo à vida pública. Lembro-me como se fosse hoje, do primeiro artigo depreciativo e nefasto da blogueira Alcinea que li sobre o “filhinho do Capi e da Janete”, recém chegado do Canadá, onde acabara de concluir o seu curso de mestrado em Direito, com especialização em Ciências Políticas. E o artigo não era muito diferente do que ela escreve hoje, não. O meu amigo-irmão guerrilheiro de vanguarda argonauta-camarada Impressão Digital escreveu, na época, para o blog contestando as colocações da articulista em face das críticas evidentes muito pessoais sobre o herdeiro político da família socialista interessado em entrar no exercício da ciência em que ele estudou e se especializou lá fora. E aí veio toda uma reação à contestação, primeiro dela e da irmã Alcilene e, depois, da legião de blogueiras que rezam na mesma cartilha, seguindo contritamente os passos dos caminhos de Alcinea - não confundir com “Compostela” aí, viu?!... que eu não quero, há poucas horas de um dia santo, cometer tamanha heresia.
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Enfim, sabe o que eu penso, particularmente, disso tudo?... ora, que isso não passa de inveja e indignação puras de herança de gens, pois como poeta, principalmente, ela não consegue ser nem de longe o menestrel iluminado, apaixonante e delirante que foi o altíssimo tio Alcy:
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Eu ando com a cabeça baixa e dolorida
Tateando na sombra dos guindastes
O corpo flácido das mulheres das docas
Dentro das noites do cais...
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Finalizando, por todos esses motivos e, certamente, outros tantos motivos que ainda estão por vir – se, evidentemente, essa campanha tendenciosa e sórdida de armação continuar – encerro aqui as minhas palavras com os meus cumprimentos respeitosos ao articulista Rupsilva, pelo extraordinário e esclarecedor artigo (postado abaixo) em defesa da verdade e da responsabilidade ética no manejo de arma tão poderosa que temos às mãos e que o genial inventor alemão Johannes Gutenberg, num passado longínquo da nossa história, a chamou sabiamente de IMPRENSA.
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E olha o compositor popular maior aí cantando A terceira margem do rio...
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Asa da palavra
Asa parada agora
Casa da palavra
Onde o silêncio mora
Brasa da palavra
A hora clara, nosso pai
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Hora da palavra
Quando não se diz nada
Fora da palavra
Quando o mais dentro aflora
Tora da palavra
Rio, pau enorme, nosso pai...

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Ave, mano Caetano!

Um comentário:

Anônimo disse...

A Alcinéia Cavalcante volta a comentar em seu blog que o “governador Pedro Paulo vai apoiar o Camilo Capiberibe” para o governo do estado e, “coincidentemente”, a Ana Girlene e a Márcia, do programa Café com Notícias da 94,5 FM, voltam a tratar do assunto no programa depois de terem anunciado que já estava encerrado o assunto. Na nota da Alcinéia sobre o apoio de Pedro Paulo, ela se baseia no que disse o radialista Reginaldo Borges (irmão do senador derrotado Gilvam Borges) na emissora de rádio da família (dele, no caso). A resposta mais precisa sobre este assunto, para um bom observador, está no próprio blog da Alcinéia, na nota em que o Camilo responde para o senador Papaléo Paes sobre medidas que irá tomar quanto à corrupção no Amapá: “Tolerância Zero!”. Já pensou o Camilo fazer aliança com gente corrupta que ele vai pedir, no mínimo, pena máxima, ou seja, cadeia para quem rouba ou desvia dinheiro público? Só a Alcinéia - que já negociou a Secretaria de Comunicação do improvável Governo Lucas (é o que se comenta por aí!) - e suas diletas seguidoras assessoras para alimentar tamanha invencionice.

Carlos Santana dos Santos