O Lucas que pensava em chamar de novo o Camilo de “chileno” no próximo debate da TV Amapá, é finalmente desencorajado pela “equipe de ouro” – e põe ouro nisso, meu! – de sua campanha. Os marqueteiros temem o Camilo ganhar mais Ibope com a fama internacional que os mineiros vêm conquistando pelo sucesso do resgate lá no Chile humano de hoje, e longe, muito longe... do Chile das atrocidades de ontem do general Augusto Pinochet. Lucas, deixa o Camilo aqui mesmo que ele é um caboclo da Amazônia que só fez nascer lá, e por força das circunstâncias, como você muito bem sabe. E depois o exílio do Capi e da Janete foi por uma causa muito justa: eles não aceitavam o regime arbitrário e truculento instalado no país pelos militares a partir de 1964. E mais: a luta deles foi pelas nossas liberdades, quando éramos ainda criancinhas. Viu no programa o Camilo falando das tristes recordações daqueles tempos difíceis em que a saudosa Elis soltou a sua voz na canção do João Bosco e Aldir Blanc falando de muita gente que partiu do Brasil num rabo-de-foguete? Ouça um bom conselho, candidato, que eu lhe dou de graça: deixa o Camilo no Amapá fincado com as suas raízes que o povo, com o futuro na palma das mãos, vai decidir no próximo dia 31.
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