Agência O Globo
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O resultado do Censo de 2010 somente será oficialmente conhecido no fim de novembro, mas os números parciais do levantamento do IBGE já mostram algumas tendências e mudanças importantes em relação ao recenseamento de 2000. As megalópoles brasileiras estão parando de crescer, seja pela redução do espaço físico disponível, seja pela queda na taxa média de fecundidade. A média de habitantes por domicílio nessas grandes cidades deverá ser de três pessoas.
A proporção de idosos no conjunto da população será expressiva. Especialistas acreditam que este deva ser o último censo em que as grandes cidades brasileiras ainda registrarão crescimento populacional.
— aliás, graças à rápida informatização da sociedade, pode ser que em 2020 já não haja necessidade de um novo censo, pois os dados pesquisados estarão disponíveis nas redes de computadores, em tempo real.
Simultaneamente à estabilização populacional nas megalópoles, as cidades médias brasileiras tendem a crescer mais rapidamente, pelas oportunidades que oferecem. Isso tende a esvaziar as pequenas cidades e mesmo zonas rurais próximas, pois o isolamento tornou os habitantes dessas áreas alvos de assaltos e outros atos de violência.
O censo não só mostrará o perfil demográfico mais exato do país. Revelará os níveis de renda, as desigualdades, as condições de moradia, a escolaridade, os fluxos migratórios entre regiões e dentro dos próprios estados.
A urbanização acelerada e um tanto caótica resultou em condições de moradia bem precárias. A qualidade das habitações fica a desejar, e falta saneamento básico para uma parcela expressiva da população. São deficiências que o Brasil poderá corrigir ao longo da próxima década, com ajuda de políticas públicas nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal).
Assim como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) já vinha detectando anualmente, o censo confirmará queda na taxa média de fecundidade, mas será importante avaliar esses indicadores por grau de instrução, padrão de renda e faixa etária das mães. Mulheres com baixa instrução ainda têm mais filhos que as demais. Também engravidam mais cedo.
O fenômeno se explica pela desinformação e falta de acesso a métodos contraceptivos, rotineiros para a classe média.
As políticas públicas não podem ignorar essa realidade, até porque a gravidez indesejada acaba criando um enorme mercado de abortos clandestinos, com consequências terríveis para a saúde de mulheres mais humildes.
O próximo governo, que será empossado em 1º de janeiro, terá no censo de 2010 uma fonte preciosa de informações para embasar tecnicamente suas políticas sociais, deixando de lado o voluntarismo que costuma dar o tom das iniciativas governamentais nesses segmentos. O IBGE se equipou para realizar um bom trabalho, e tudo leva a crer que o resultado do censo será muito preciso, retratando fielmente a realidade das condições de vida da população brasileira.
A proporção de idosos no conjunto da população será expressiva. Especialistas acreditam que este deva ser o último censo em que as grandes cidades brasileiras ainda registrarão crescimento populacional.
— aliás, graças à rápida informatização da sociedade, pode ser que em 2020 já não haja necessidade de um novo censo, pois os dados pesquisados estarão disponíveis nas redes de computadores, em tempo real.
Simultaneamente à estabilização populacional nas megalópoles, as cidades médias brasileiras tendem a crescer mais rapidamente, pelas oportunidades que oferecem. Isso tende a esvaziar as pequenas cidades e mesmo zonas rurais próximas, pois o isolamento tornou os habitantes dessas áreas alvos de assaltos e outros atos de violência.
O censo não só mostrará o perfil demográfico mais exato do país. Revelará os níveis de renda, as desigualdades, as condições de moradia, a escolaridade, os fluxos migratórios entre regiões e dentro dos próprios estados.
A urbanização acelerada e um tanto caótica resultou em condições de moradia bem precárias. A qualidade das habitações fica a desejar, e falta saneamento básico para uma parcela expressiva da população. São deficiências que o Brasil poderá corrigir ao longo da próxima década, com ajuda de políticas públicas nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal).
Assim como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) já vinha detectando anualmente, o censo confirmará queda na taxa média de fecundidade, mas será importante avaliar esses indicadores por grau de instrução, padrão de renda e faixa etária das mães. Mulheres com baixa instrução ainda têm mais filhos que as demais. Também engravidam mais cedo.
O fenômeno se explica pela desinformação e falta de acesso a métodos contraceptivos, rotineiros para a classe média.
As políticas públicas não podem ignorar essa realidade, até porque a gravidez indesejada acaba criando um enorme mercado de abortos clandestinos, com consequências terríveis para a saúde de mulheres mais humildes.
O próximo governo, que será empossado em 1º de janeiro, terá no censo de 2010 uma fonte preciosa de informações para embasar tecnicamente suas políticas sociais, deixando de lado o voluntarismo que costuma dar o tom das iniciativas governamentais nesses segmentos. O IBGE se equipou para realizar um bom trabalho, e tudo leva a crer que o resultado do censo será muito preciso, retratando fielmente a realidade das condições de vida da população brasileira.
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