domingo, 19 de julho de 2009

OS AMAPAENSES NÃO ELEGERAM SARNEY


José Sarney não foi eleito senador pelo Amapá com os votos dos amapaenses nascidos aqui. Os votos que decidiram a eleição de Sarney, em 2006, para mais um mandato de oito anos, contrariando a opinião dos críticos que culpam os amapaenses por esse feito desastroso, foram de pessoas que migraram para o Amapá nos últimos 20 anos. E eles vieram, em sua grande maioria, adivinhe de onde? Não, não vou antecipar a informação que postarei aqui em breve. Os amapaenses – como eu – votaram na Cristina Almeida, a candidata do PSB que disputou as eleições para o Senado Federal como representante legítima do Amapá. Por muito pouco, Cristina – uma mulher simples e negra da região do Maruanu (hoje vereadora) – não derrotou a velha raposa da política brasileira que chegou à presidência da República (por pura fatalidade, eu sei!) mas o obrigou a trocar a dança do famoso boi-bumbá maranhense pelo marabaixo de macapaba, no período da campanha. E aí os votos da região dos alagados, das invasões e dos bolsões de miséria que praticamente triplicaram a população do estado nas duas últimas décadas, à base de grana decidiram pelo candidato que também chegou aqui como eles – só que com esta extraordinária diferença: rico e com história. “História escabrosa”, diz um amigo lá das bandas do Laranjal do Jari, depois, evidentemente, que a “caixa-preta” do Senado Federal (em parafuso) começou a se abrir.
Portanto, os leitores desta página eletrônica que se preparem, pois vou provar em artigo científico, citando todas as fontes de pesquisa apurada (IBGE, TRE, etc), de onde vieram “as cabeças de burro” que o Sarney – segundo alguns críticos – tem aqui numa grande e monumental fazenda e que o levaram pela terceira vez àquela Casa de Lei. O “coice” injusto, que o amapaense vem levando ao longo desses anos, vai ter efeito bumerangue. Toma-te!

Espere por mim, Morena
Espere que eu chego já
O amor por você, Morena
Faz a saudade me matar


Nota do Editor: A canção é do saudoso Gonzaguinha. E “Morena” é minha filha parauara-itaitubense que mora em Belém.

Nenhum comentário: