quinta-feira, 22 de outubro de 2009

1968 É AQUI E AGORA!


E por falar em "arte tropicalista brasileira na capital britânica e Beatriz Milhazes", acompanhe aí fragmento de reportagem feita pela BBC BRASIL de Londres, publicada recentemente em O ESTADÃO.
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Para o professor de História da Arte Contemporânea da Unicamp Nélson Aguilar, curador geral da 22ª e 23ª bienais de São Paulo e da 4ª Bienal do Mercosul, existe mesmo um maior reconhecimento da arte brasileira no exterior. Ele disse à BBC Brasil que a emergência do país no cenário econômico internacional tem influência nisso. E apontou para o crescente interesse pela arte de outros integrantes do grupo dos Bric, como Índia e China. Aguilar acredita, no entanto, que no caso do Brasil o reconhecimento de hoje não se explica apenas por fatores econômicos. "Artistas contemporâneos como Ernesto Neto e Beatriz Milhazes só são interessantes porque estão ligados organicamente ao que veio antes. Uma cultura só se universaliza quando os artistas dela são filhos de artistas da mesma cultura." O especialista está se referindo a uma linhagem que inclui, mais atrás, artistas como Hélio Oiticica, Lygia Clark e Mira Schendel. "Nos anos sessenta, nós sabíamos que o Oiticica era um gênio, e que a Lygia Clark e a Mira Schendel estavam fazendo um trabalho importantíssimo. Víamos esses artistas passarem batidos no exterior mas sabíamos que a visão da crítica estrangeira era eurocêntrica e restrita". Aguilar diz que a Inglaterra, no entanto, sempre foi mais aberta. E lembra as exposições pioneiras desses três artistas nas galerias Signals e Whitechapel, em Londres, nos anos 60.
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A ilustração acima - Noites de Verão - é arte tropicalista de Beatriz Milhazes.

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