O CARNAVAL DAS ÁGUAS
Aroldo Pedrosa/ Orivaldo Fonseca
Água que rola
Em nossa festa é Carnaval
Às margens desse rio transcendental
(Vai se abrir!)
Vai se abrir...
Na passarela um veio de água clara
Da perna, na batata, dourada da mulata
Descendo pela fonte, aberta em chafariz
Vai banhar-se...
N’água da fonte o rio dos rios, ó flor-de-lis!
Pra se livrar do mal em si
Despoluir...
(As águas vão rolar)
Água que rola
Em nossa festa é Carnaval
Às margens desse rio transcendental
(Oi, Fru-Fru!)
Oi, Fru-Fru...
Em fins de julho sopra aquele sururu
Que vem feito uma tromba d’água
Molhando a genitália do índio Surucucu
Ei, seu guarda!...
O pau na mata tá que tá que tá que é brasa
Apaga essa fornalha, derrama o H²O
E vem sambar sem dó na chuva
Que nem naquele filme “Cantando no Toró”
Na nossa escola todo mundo é bamba
Na nossa escola, preto & branco samba
Na nossa escola só não brinca quem não quer
Na avenida a água deita e rola
Desliza nas cascatas do corpo da mulher
Macapá!...
Cidade jóia e preciosa vem sambar
Pois água mole em pedra que é dura
Bate que pula pra cintilar
Suor ou água no corpo dessa gente
Molha contente vendo o Carnaval chegar
Jorra água de cheiro que o povo quer cantar
Vem vem que vem molhar
Tristeza aqui não é teu lugar
Pois água regue a vida e não se canse de sambar
Água que rola
Em nossa festa é Carnaval
Às margens desse rio transcendental
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