E a canção A BASE DE GUANTÁNAMO, do mano Caetano, que chegou aos ouvidos de Fidel Castro ressoando estranha e equivocadamente, junto com a entrevista do compositor baiano publicada na Folha de S. Paulo, levou o velho e incansável líder cubano a uma reação que a imprensa do Brasil felizmente soube tratar com transparência e lisura, sobretudo por se tratar de personalidade tão polêmica e inquieta da nossa cultura como é o caso de Caetano Veloso (prosseguirei em outros artigos sobre a polêmica de Fidel com o artista baiano, que pouca gente sabe no Amapá).
Trato disso porque o assunto é extremamente pertinente e, claro, estimulado pela declaração de Barack Obama sobre o rei do pop: “Cresci ouvindo Michael Jackson e tenho todas as canções dele no meu iPod”. Declaração esta da maior importância, até mesmo para mostrar a esses nossos políticos que não dão a menor pelota a quem produz cultura no Amapá (há exceções, evidentemente – e o leitor sabe exatamente quais são). Quantos Michael Jackson existem por aí pelo meio do mundo e que estão fadados ao desaparecimento, por falta de oportunidade e incentivo de nossas autoridades? Michael Jackson não escolheu lugar para nascer, poderia ter nascido inclusive em Macapá. Quem vai me dizer que não? Mas Deus não quis, porque Deus é extraordinário, sabia naturalmente das pessoas que Michael ia precisar para desenvolver o seu potencial artístico e depois saltar para o estrelato do mundo. E aí o Senhor das Esferas colocou ele lá bem longe dessas figuras soberbas, dos Sarneys, Góes, Borges e Amanajás da vida... pública. A esquerda amapaense também tem seus representantes nesse “deixa pra lá” aos que vivem de cultura e arte no lugar da chuva e do sol. Oxalá os filhos deles, no decorrer da existência, apresentem tendências à expressão do belo. Aí eu quero ver como esses caras vão se vê diante de tal escolha. Vão ter que cantar fatalmente, do saudoso Raul Seixas, Metamorfose Ambulante - isso se eles souberem. Contudo, independente do que pode vir acontecer com o destino de seus filhinhos, vamos dar uma força aqui com esses versos primorosos inesquecíveis que trago da minha juventude:
Eu quero dizer
Agora o oposto do que disse antes
Prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo...
Nesta terça-feira (7/07/2009) olhos do mundo inteiro vão estar por alguns momentos voltados para Los Angeles. Para quê? Para acompanhar o povo americano e gente do mundo inteiro dando o seu último adeus ao rei do pop Michael Jackson. O funeral vai custar milhões de dólares e a prefeitura de lá vai entrar com parte dos recursos. É uma partícula ao que o artista fez em vida – e ainda fará mesmo depois da morte – à Los Angeles. E a cidade vai parar para acompanhar o sepultamento do mega-astro. O presidente dos Estados Unidos, se não for, manda representante de seu alto escalão à cerimônia. Enquanto isso, na capital do meio do mundo, artistas semimortos vivem (como no clip Triller), entre políticos muito vivos (tem esse aí em cheque, todo enrolado, intelectual que o tornaram até imortal), uma verdadeira via-crucis para receber migalhas pelos seus projetos sempre tão bem intencionados, apresentados ou a serem apresentados em eventos da cidade e do interior. Quanto desgaste e aporrinhação!
Quer saber!?... A esquerda do Barack Obama neles!
Sexta-feira (10) eu volto para falar da discussão do Fidel Castro com o mano Caetano. A propósito, como disse o mano há quarenta e um anos: “Se vocês em política forem como são em estética, estamos feitos!”
Eu quero dizer
Agora o oposto do que disse antes
Prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo...
Nesta terça-feira (7/07/2009) olhos do mundo inteiro vão estar por alguns momentos voltados para Los Angeles. Para quê? Para acompanhar o povo americano e gente do mundo inteiro dando o seu último adeus ao rei do pop Michael Jackson. O funeral vai custar milhões de dólares e a prefeitura de lá vai entrar com parte dos recursos. É uma partícula ao que o artista fez em vida – e ainda fará mesmo depois da morte – à Los Angeles. E a cidade vai parar para acompanhar o sepultamento do mega-astro. O presidente dos Estados Unidos, se não for, manda representante de seu alto escalão à cerimônia. Enquanto isso, na capital do meio do mundo, artistas semimortos vivem (como no clip Triller), entre políticos muito vivos (tem esse aí em cheque, todo enrolado, intelectual que o tornaram até imortal), uma verdadeira via-crucis para receber migalhas pelos seus projetos sempre tão bem intencionados, apresentados ou a serem apresentados em eventos da cidade e do interior. Quanto desgaste e aporrinhação!
Quer saber!?... A esquerda do Barack Obama neles!
Sexta-feira (10) eu volto para falar da discussão do Fidel Castro com o mano Caetano. A propósito, como disse o mano há quarenta e um anos: “Se vocês em política forem como são em estética, estamos feitos!”
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