quinta-feira, 4 de junho de 2009

A VANGUARDA DA PALAVRA


A POESIA DAS RUÍNAS

Aroldo Pedrosa

Os meus versos eu os componho
Como sopro de vento em dia medonho
Não procuro nem conduzo minha poesia
Não consulto dicionário
Previsão de tempo, ampulheta, horário
E muito menos a biruta do serviço de meteorologia
Os meus versos faço, não peço
Recolho de restos, de estilhaços
E vou compondo e não tropeço

Com eles refaço vidas
Remonto sonhos
Os meus versos vêm das ruínas
E dos escombros

Foto: Janduari Simões

Nenhum comentário: