segunda-feira, 29 de junho de 2009

CARTA-MANIFESTO

Aroldo Pedrosa e a banda Equinócio no show A Tropicália no Largo dos Inocentes

CARTA ABERTA AO SESC AMAPÁ

NAVEGANDO NA VANGUARDA Com Glauber Caetano foi concebido para ser realizado na terceira terça-feira (21) de julho de 2009, no projeto BOTEQUIM do SESC AMAPÁ, nas férias do meio do ano, exatamente quando o protagonista/inspirador deste projeto infantil de cultura e meio ambiente amazônicos, Glauber Caetano, completa o seu primeiro aninho de vida.

Trata-se de um show especial de Música Popular Brasileira, tendo como intérpretes os nomes consagrados da música amapaense-amazônica e outros que começam a despontar cantando e compondo no umbigo do mundo. As canções criteriosamente selecionadas nos discos Saltimbancos (Chico Buarque/ Sérgio Bardotti/ Enriquez Bacalov), Arca de Noé I e II (Vinicius de Moraes/Toquinho), Casa de brinquedos (Toquinho), O Sítio do pica-pau amarelo (Gilberto Gil e outros), Pirlimpimpim (Moraes Moreira, Baby Consuelo e outros) e Bicho (Caetano Veloso), que são verdadeiras obras-primas do nosso cancioneiro popular infantil e prova incontestável de que as crianças, sobretudo do Amapá, podem viver esse Universo mágico, adquirindo o saudável hábito de ouvir música popular de qualidade produzida entre os trópicos (se houver naturalmente alguém disposto a oferecer a elas essas canções). Pois nós, do NAVEGANDO NA VANGUARDA, nos disponibilizamos, mas sabemos da impossibilidade de fazer isso sozinhos. Por isso viemos buscar essa parceria com o SESC AMAPÁ, que tem também projetos voltados para o sócio-cultural.

Com horário previsto para iniciar às 18h, no SESC Centro, com a exibição do DVD Arnaldo Antunes para crianças (haverá sorteio de alguns exemplares do DVD), faremos o lançamento oficial da edição n° 1 da revista Vanguarda Marketinguma odisséia na floresta, que trará reportagem de destaque sobre o projeto infantil de cultura e meio ambiente amazônicos. A nossa página na internet – www.navegandonavanguarda.blogspot.com –, onde estamos postando anúncios e reportagens, será projetada num telão durante o evento, lançando mais este veículo de comunicação com o padrão Vanguarda de qualidade.

Tem muita música ruim ou de pouquíssima qualidade massificada nos meios de comunicação, especialmente no rádio e na TV. E tudo em função da comercialização desses produtos ruins e terrivelmente descartáveis. A música produzida sem nenhum critério tem menor custo e, por ser mais simples, mais fácil de ser popularizada e, portanto, de se vender. Infelizmente esse é o lamentável mercado que tem dominado o Brasil. “E danem-se as nossas crianças!”, diriam os (ir)responsáveis por essa DROGA DE MÚSICA ou TAMANHA POUCA VERGONHA. Qual a contribuição, por exemplo, que as músicas A minha piriquita e Créu – tocadas exaustivamente no rádio e em alguns programas de TV – podem dar para a formação do seu filho? Nenhuma... ou muito pelo contrário até!

Recentemente vimos pela televisão, através dos telejornais, cena repugnante e inconcebível, cuja vítima era a criança brasileira: um pai-bandido – naturalmente vítima também desse Brasil do descaso – ensinando à própria filha, de três anos, atos absurdos de violência. Ele com uma arma de brinquedo aplicando coronhadas numa bonequinha e pedindo à filha inocente que repetisse “a lição”. Imagens cruéis e sorumbáticas do Brasil da Bossa Nova e da Tropicália transmitidas inclusive para o mundo todo. “O país da delicadeza perdida”, como denuncia o título de um documentário com o compositor Chico Buarque de Holanda.

Diante desse cenário lamentável de declínio da raça humana, nós, formadores de opinião, que lidamos com a arte e o lúdico, precisamos fazer depressa alguma coisa prática e não ficar apenas reclamando o leite derramado ou discutindo cenas irreparáveis como esta a nos saltar os olhos. Só a Cultura associada à Educação, pode, necessariamente, reparar quadro tão caótico e obtuso. Com fé em Deus e pé na tábua da MPB e do projeto que ora apresentamos aqui, vamos mudar isso. Principalmente se você se juntar a nós, pois como deixou escrito na canção Imagine o genial e inesquecível John Lennon: Você pode afirmar que sou um sonhador/ Mas não sou o único/ Quem sabe um dia você se junte a nós/ E aí o mundo será um só...

Venha, que o mundo será um barato!

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