sábado, 30 de maio de 2009

O IDIOTA DA OBESIDADE


POROROCAS & PERERÊS

Quando o idiota da obesidade viu o nome do Chico Buarque de Hollanda na internet apoiando o casal Capiberibe, ele pirou o cabeção!


Talvez o leitor de Vanguarda se lembre quando trouxemos na capa da edição nº 8 a foto ilustrando chamada de reportagem especial que escrevi sobre a trajetória de Capiberibe – partindo da clandestinidade para o exílio, passando pelo governo, até chegar ao nebuloso episódio da cassação. E a edição deu o que falar. Deu o que falar por uns e me causando algumas inesperadas dores de cabeça por outros. Nem vou me ater aqui ao que penei injustamente por isso. A Luciana Capiberibe sabe desse castigo injusto e precipitado a que me refiro. Mas, como diz o compositor popular: Melhor é deixar pra trás...
Só não posso deixar pra trás as cretinices e as mentiras semeadas por gente como o jornalista tucuju e idiota da obesidade Renivaldo Costa. Entenda: “obesidade” aqui é uma metáfora apenas, não se trata – honestamente – de nenhum preconceito com os excessos da jovem (e ele se acha) bichoooooooooona inflada!
E as mentiras – principalmente – atravessaram esses anos todos incólumes, sem nunca receber até hoje resposta de ninguém. Por indiferença de seus leitores ou simplesmente por que eles não existem? Confesso que, também, quando leio alguma coisa sem querer desse pseudo-intelectual de miolo duro, contrariando a teoria de Descartes, penso que não existo. E quando o ouço (claro, demasiadamente sem querer!), que morri e que o Senhor das Esferas, por castigo, me mandou pros quintos dos infernos – ou pr’aquela coisa do rádio e da TV que bem merecia se chamar Me dá um dinheiro aí senão eu te detono.
Quando o idiota da obesidade viu o nome do Chico Buarque de Hollanda na internet apoiando o casal Capiberibe – pra usar uma gíria bem macapaense da atualidade –, ele pirou o cabeção! E, em seguida, maquiavelicamente, articulou uma farsa pra justificar o artigo que viria a escrever e publicar em jornal, dias depois, contestando, na maior cara-de-pau, a veracidade da assinatura do Chico. No artigo, entre outras obesidades, dizia que, mesmo com implacável oposição ao senador, tinha encontrado o seu próprio nome na lista do abaixo-assinado, para propagar (como propagou) aos quatro ventos que aquilo não passava de armação. Não adiantou. Vanguarda veio em seguida trazendo a foto do célebre compositor de Construção na capa. Nesse período eu namorava uma acadêmica de Ciências Sociais da Faculdade de Macapá (FAMA), onde ele estudava também à noite, e ali soube, por uma professora, da campanha difamatória que ele desencadeou contra a minha revista, enciumado, naturalmente, sobretudo com o Chico – o ídolo de olhos cor de ardósia – na capa de Vanguarda, solidário e abraçado ao casal socialista. Diz-se que – aproveitando uma expressão do Caetano – a boneca travada (e inflada) gritava enlouquecida pelos corredores: “Essa foto é uma montagem!”. Mas a “montagem” não colou.
Um ano depois, Janete Capiberibe voltou à Câmara Federal – para indignação maior de seus opositores – com o dobro dos votos do mandato anterior e como a parlamentar mais bem votada do Brasil, proporcionalmente. E de olho no ano que vem o marido Capiberibe se movimenta e começa a emitir sinais de que inicia os trabalhos para a retomada nas urnas de seu mandato de senador, outorgado pelo povo, e que também lhe foi arrancado pelo mesmo processo espúrio. Claro que as forças oligárquicas que atuaram nesse processo vão estar aí de novo, unidas e coesas, na tentativa de impedir que isso aconteça. Mas, enquanto 2010 não chega trazendo as eleições, o tempo não pára: Chico Buarque lança o livro Leite derramado, Caetano Veloso sai em turnê pelo Brasil divulgando o CD zii e zie, a guerreira Janete mostra o poder da mulher amazônica no Congresso Nacional, Capi vê o seu projeto Transparência aprovado na Câmara e sancionado pelo presidente Lula, e Vanguarda prepara sua explosiva edição 14 – É PROIBIDO PROIBIR 1968/1969 – para ser lançada em junho, quando o editor aqui faz aniversário.
E o idiota da obesidade como é que fica? – perguntaria inconscientemente o leitor mais antenado. Ora, olha ele ali... postado no trono como âncora daquela coisa, e, de quando em vez, boiando... olha lá... naquelas ondas sonoras e turvas de coliformes fecais (foda-se!), entre insetos nocivos e insanos zanzando, zanzando...

9 comentários:

Anônimo disse...

Eu esperava que depois de tanto tempo, nossas diferenças tivessem sido superadas. Não guardo rancor. Ao contrário, sinto saudades de nossas conversas na esquina do Xodó, na Beira Rio e em outros bares que frequentávamos juntos. De fato, duvidei da autenticidade da assinatura do Chico, visto que minha assinatura tb estava no manifesto sem que eu tivesse assinado. Quanto à suposta campanha que eu teria deflagrado contra a Vanguarda, é mentira de quem lhe disse. De fato fiz publicamente críticas ao jornal pq vc e o Ademir me achincalharam. E vc esperava que eu ficasse indiferente? Vc tb me disse uma vez que lhe disseram que eu e Ubaiara estávamos juntos tramando contra vc. Isso tb é mentira. Algumas vezes - e Edy Wilson sabe disso - cheguei a travar discussões ferrenhas ocm ele, e numa delas defendi o vanguarda ardorosamente. Tb não pedi que o Gabriel ou algum outro reporter escrevesse contra vc, pondo aliás palavras que nunca pronunciei. Se lhe ofendi peço decsulpas. E continuo com a mão estendida para a amizade.

Anônimo disse...

Gostei muito do seu blog, mesmo quando fala mal de mim. Por isso tomei a liberdade de indicá-lo no meu blog. O endereço é http://pautaquepariu.zip.net

Editorial disse...

Não é a questão de falar mal de ti. Estou apenas exercendo o meu livre direito de resposta, depois de inúmeros ataques gratuitos que venho sofrendo ao longo desses anos. Não tenho tempo de te acompanhar, mas várias pessoas me falaram dos teus ataques. Como não tinha familiaridade ainda com a internet, e fui buscar ajuda com a Lulih Rojasnki, que tem blog e sabe lidar com esse tipo de tecnologia, agora sim estou apto e pronto para dar resposta a quem me atacou e me chateou esse tempo todo, sobretudo através desse veículo. Quanto ao segundo comentário que enviaste, fica tranquilo que vou publicá-lo e, claro, também com a devida resposta. Estou sem tempo agora, mas antes de terminar o dia eles - os comentários - vão estar aqui exatamente como foram escritos.

Anônimo disse...

O que penso é que algumas pessoas, talvez de forma orquestrada ou insconcientemente mesmo, passaram a transmitir a vc a idéia de que eu lhe odiava ou que estava engajado numa campanha com o objetivo de desqualifica-lo. Isso nunca aconteceu. Fui um fã e leitor do Vanguarda durante muito tempo. E até lhe elogiei quando me mostrou os originais do primeiro número. De fato escrevi e falei pela imprensa alguns comentários acerca da linha editorial que o jornal tomou - que não concordei - mas em nenhum momento parti para ofensas pessoais, como é este texto a partir do qual comento. Mesmo afastados por nossas vaidades, tenho a vc e ao Ademir como algumas das figuras que mais gostei de conversar. Eram interlocutores impertinentes, ousados e que comungam (ou comungavam) muito daquilo que eu acredito. Um abraço.

Editorial disse...

A crítica que fiz – respondo por mim apenas – foi sobre o festival promovido pela Amcap, como crítico, e do ponto de vista crítico – tanto que assinei a reportagem como “Torquato Tarso”, heterônimo meu e que as pessoas que me conhecem sabem dele (inclusive você), não há e nunca houve nenhum segredo em relação a esse nome. E você foi pra TV me chamar de “covarde”, que eu me escondia atrás de “pseudônimo”, e sei lá mais o quê pra me atacar. Outra coisa que vi e ouvi na época: “Eu estava com inveja por não ter me classificado no festival da Amcap”. E depois você deu uma entrevista, no jornal Diário do Amapá, me atacando e desclassificando a Vanguarda – na oportunidade, chamava o Caetano Veloso de “imbecil”. É muita pretensão, não?! E agora copia o editorial da BRAVO! publicada em meu blog e coloca lá no seu... O que foi que houve? O Caetano ao lado do Chico, na capa da BRAVO! deixa de ser “imbecil”? Lembro que eu não me preocupei muito com a entrevista, porque na mesma edição do jornal (última página) tinha matéria comigo e com o Matheus (meu parceiro em Lia), pela nossa classificação no Festival de Música de Garanhuns (PE). De forma que, a matéria sobre a nossa classificação, anulava as suas críticas, por isso não me importei. E ela respondia ao que você me chamava de invejo. Como “invejoso” se havia me classificado com Lia em Garanhuns, concorrendo com mais de mil inscritos e de todo o Brasil? A questão é que ninguém aqui sabe receber críticas – e ela (a crítica) sempre está tendenciosamente só de um lado. E a crítica que fiz sobre a letra procedia – nela (na letra) o grande poeta e compositor da bossa nova, Vinicius de Moraes, virava “alguém” e o texto plagiava, de alguma forma, o poema “Amor”, do Camões, musicado pelo Renato Russo. Não fiz críticas aleatórias, mas embasadas no conhecimento que tenho e que li. E não me venha falar de antropofagia agora que não cabe!
Sobre a campanha contra a minha revista na FAMA, não foi só uma pessoa quem falou, mas várias.
Quanto ao Gabriel, em nenhum momento fiz acusações desse naipe, apenas respondi na Vanguarda o que ele me disse, que a pergunta partiu de você, sobre o editorial “100 anos da mãe da Tropicália”. Vi também na TV campanha que, sinceramente, me prejudicou, com apoio que, raramente, recebia da Secretaria de Comunicação/Secom, do Governo do Estado. Vi (desta vez ninguém me contou) você pedir ao secretário Marcelo Roza que não apoiasse mais a minha revista “porque eu era Capiberibe” (eu não era, EU SOU!) e outras “obesidades” mais. E você sabe o que é fazer CULTURA nesse Estado! Foi jogo baixo, sujo, que, até hoje, não saiu mais um centavo daquela Secretaria como apoio as reportagens especiais que faço para divulgar a cultura e as belezas naturais do Amapá pelo Brasil afora. Com apoio ou sem apoio – como amapaense da gema e apaixonado pelo que há de belo aqui – vou continuar fazendo. É só percorrer o próprio NAVEGANDO NA VANGUARDA pra confirmar o que digo.
E, finalmente, sobre a maligna parceria com aquele pseudo jornalista da Secom: disse aquilo porque via que vocês rezavam a mesma ladainha sobre a Vanguarda. O Ubaiara é outro cara invejoso de pedra, sobretudo com as qualidades e o sucesso da minha revista. Ele pensa – aquele asno! – que a Secom é propriedade dele, pode!?
Fui ofendido e prejudicado demais por suas campanhas perniciosas. Não, amizade não existiu e nunca vai existir! O que foi feito foi feito. Não adianta agora querer se redimir. Deixe-me em paz com as minhas idéias e ideais de vanguarda e passe bem!

Anônimo disse...

Respeito sua posição. Sartre dizia que "Nunca se é homem enquanto se não encontra alguma coisa pela qual se estaria disposto a morrer.". Mas insisto que nunca me uni nem me uniria ao Ubaiara nem nunca pedi nada ao Marcelo em relação a vc. Quanto ao suposto plágio do poema de Camoes, respeito a sua opinião mas nunca me passou pela cabeça compor algo parecido a obra dele. Prefido Bocage a Camões.

Editorial disse...

E eu sou da trupe dos canibais do antropofágico Oswald de Andrade, e - no revezamento -, por isso essa preferência pela Tropicália de Gil e Caetano.

Editorial disse...

Você fez, sim, críticas pessoais, tanto nos programas Macapá Urgente e O Troco, como na entrevista do jornal Diário do Amapá - é só rever os arquivos. E eu não tinha por onde me defender, já que a minha revista Vanguarda é "anal", como vocês - tu e aquele outro (me recuso a colocar o nome dele aqui) debochavam. A capa do disco tropicalista "Todos os olhos", do Tom Zé - obra de arte contra a ditadura -, também era "anal". Vou escrever sobre ele aqui, em breve.

Obesidade Infantil disse...

O blog tá bom. Excelente
Artigo.

Cumprimentos