domingo, 2 de agosto de 2009

OUÇA UM BOM CONSELHO...


AGÊNCIA ESTADO

Amigo de Sarney, ex-ministro no seu governo e companheiro de Academia Brasileira de Letras (ABL), o senador Marco Maciel (DEM-PE) será um dos integrantes do grupo escalado para convencer o presidente do Senado a abrir mão do cargo. Maciel terá a missão de explicar a Sarney o risco de constrangimento que sofrerá em plenário se insistir em permanecer no comando do Senado por mais tempo.
Maciel confirmou as conversas com seus colegas, mas evitou qualquer previsão. Na avaliação dele, o dia decisivo para a crise será a terça, quando a maioria dos parlamentares estará presente em Brasília. "Conversei com alguns senadores, mas tudo informalmente", contou. "Não falei com o presidente Sarney. Nada se materializou ainda. Não tenho nada a declarar, é preciso sentir o clima até terça."
Senadores contrários a Sarney articulam um boicote nas sessões em plenário caso ele fique na presidência e o Conselho arquive as cinco representações e seis denúncias protocoladas - referentes a nepotismo, envolvimento em atos secretos e desvio de recursos pela Fundação José Sarney. "Não terá como fazer votação. O presidente Sarney vai perceber isso", disse Cristovam Buarque (PDT-DF).
"Não é golpe. É um direito nosso de não ir às sessões. Um desconhecimento à autoridade do senador. Ele não tem mais condições de continuar." Sarney retornou ontem a Brasília, depois de passar mais de uma semana em São Paulo, onde sua mulher fez uma cirurgia. Ele pretende comandar hoje a primeira sessão de retorno aos trabalhos, mas deve retornar a São Paulo até terça para acompanhar a mulher.

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