terça-feira, 20 de abril de 2010

PRODUÇÃO CULTURAL NO BRASIL


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Pois é... como estava dizendo... A ida à Sampa foi - como o timbre do Caetano - superbacana! A foto aí mostra que o projeto tem peso, da esquerda para à direita de quem vê daí: Cláudio Prado (produtor da banda Os Mutantes, na época da Tropicália), Fábio Maleronka Ferron (curador do projeto Produção Cultural no Brasil), Sergio Cohn (editor do projeto Produção Cultural no Brasil) e eu, de bata tropicalista, entre essas feras. A foto foi feita logo depois da entrevista concedida ao projeto. Cláudio Prado, na conversa que tive com ele, já sabe do Amapá porque conheceu a trupe da Mini Box Lunar – ele assistiu ao show da banda amapaense em dezembro passado, que teve o visionário Jorge Mautner no mesmo palco, em Sampa e, recentemente, o retorno da banda abrindo o show de Jards Macalé (Pra quem não sabe, Macalé é o compositor de “Vapor Barato”, aquela obra-prima, com letra do poeta Wally Salomão, gravada pela cantora baiana tropicalista no disco Gal fatal). Depois, o editor Sergio Cohn, da Azougue Editorial, que fez a caixa que reúne as obras de Jorge Mautner (uma embalagem fabulosa) e o livro Tropicaos, do tropicalista Rogério Duarte – esse livro maravilhoso, coincidentemente, eu tenho e é um dos meus preferidos; e na ponta, essa figura que é um verdadeiro patrimônio da cultura brasileira underground: Luiz Calanca. Esse cara lançou vários discos – entre eles os primeiros e principais da banda Os Mutantes – que hoje deslumbram estrelas, críticos e consumidores de música do mundo inteiro. Assisti a entrevista dele lá, ouvindo as histórias incríveis que ele rememorou, vividas sobretudo nos anos 1960/70. No papo sobre a Mini Box Lunar, Calanca me disse que quer conhecer o trabalho da trupe e, quem sabe, produzir o disco da banda amapaense. Prometi a ele fazer essa ponte.
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Celebridades e anônimos
O mega projeto tem como meta entrevistar 100 produtores de todo o Brasil, entre celebridades e anônimos. Segundo Sergio Cohn, as entrevistas iniciaram em 15 de abril – fomos os primeiros entrevistados – e vão até 15 de maio de 2010. São quatro meses para a produção dos livros (três volumes) e do site que vai exibir o compacto dessas entrevistas para o mundo. Os livros serão distribuídos gratuitamente no Brasil e os nomes mais famosos que o comporão – além dos dois já citados aqui – são os de Gilberto Gil, Nelson Motta e André Midanni.
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Enquanto isso no meio do mundo... a Secult do Amapá encerra, nesta sexta-feira (23), a TEIA – projeto este que não deu a menor pelota para o show-manifesto Tropicália na Linha do Equador que faço (e inscrevi no projeto) sobre o movimento cultural que sacudiu o Brasil nos anos 1960/70. Na entrevista à Produção Cultural no Brasil, junto com os projetos Vanguarda Cultural, Navegar Amazônia e Navegando na Vanguarda, foi de quem eu mais falei, porque, naturalmente, me perguntaram. E, em virtude disso, terminei a entrevista recitando Uma odisséia nos trópicos.

Um comentário:

saitica disse...

Aroldo,
Que maravilha de blog, gostei tb do VanGuarda com um G em forma de rebeldia. Outro detalhe você tem um filho chamado Glauber. Esse cineasta realizou sonhos e pesadelos, reinventou o cinema.
Bueno, quero dizer que vou linca-lo no www.saitica.blogspot.com
A gente se conhece há longas datas.
Parabéns pelas ideias e trabalho.
Alegria e sorte.
daniel de andrade Simões