sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

CARNAVAL DAS ÁGUAS NO LUGAR DA CHUVA
Aroldo Pedrosa/ Orivaldo Fonseca
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Água que rola
Em nossa festa é carnaval
Às margens desse rio transcendental
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(Vai se abrir!)
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Vai se abrir...
Na passarela um veio de água clara
Da perna, na batata, dourada da mulata
Descendo pela fonte, aberta em chafariz
Vai banhar-se...
N’água da fonte o rio dos rios, ó flor-de-lis!
Pra se livrar do mal em si
Despoluir...
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(As águas vão rolar)
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Água que rola
Em nossa festa é carnaval
Às margens desse rio transcendental
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(Oi, Tu Fucu!)
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Oi, Tu Fucu...
Em fins de julho sopra aquele sururu
Que vem feito uma tromba d’água
Molhando a genitália do índio Surucucu
Ei, seu guarda!...
O pau na mata tá que tá que tá que é brasa
Apaga essa fornalha, derrama o H²O
E vem sambar sem dó na chuva
Que nem naquele filme “Cantando no Toró”
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Na nossa escola todo mundo é bamba
Na nossa escola branco também samba
Na nossa escola só não brinca quem não quer
Na avenida a água deita e rola
Desliza nas cascatas do corpo da mulher
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Macapá!...
Cidade jóia e preciosa vem sambar
Pois água mole em pedra que é dura
Bate que pula pra cintilar
Suor ou água no corpo dessa gente
Corre contente vendo o Carnaval chegar
Jorra água de cheiro que o povo quer cantar
Vem vem que vem molhar
Tristeza aqui não é teu lugar
Pois água regue a vida e não se canse de sambar
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Água que rola
Em nossa festa é carnaval
Às margens desse rio transcendental

2 comentários:

Ori Fonseca disse...

Que saudade deste samba. Recentemente, eu estive em Itaituba, e o povo ainda lembra dele.
Beijo, meu parceiro.

Editorial disse...

Fiz uma nova versão, desta vez para Macapá. E o samba parece que vai pegar por aqui. Beijos!